A regularidade do Bairros no Campeonato Grande Hotel de Luso permitiu-lhe festejar a conquista do título distrital a quatro jornadas do final da prova, “um feito histórico para o clube”, diz Sá Pinto, experiente pivot que se estreou, esta época, em competições distritais. “Ainda bem que o fiz”, assume.

O futsal terá poucos segredos para o jogador, mas nem tudo o que parece é. A começar pelo nome, Tiago Ribeiro no cartão de cidadão, Sá Pinto dentro das quadras. “A alcunha vem de quando comecei a jogar futebol, aos 10 anos. Jogava no Salgueiros, e o Sá Pinto estava nos seniores. As pessoas foram dizendo que tínhamos parecenças na forma de jogar. Desde então, ficou”, recorda o atleta, que se mudaria para o futsal dois anos depois por pressão do pai, devido aos constrangimentos que as constantes viagens para marcar presença nos treinos e nos jogos implicavam.

“Como tínhamos uma equipa de futsal perto de casa, decidi experimentar”, conta Sá Pinto, que iniciava ali um percurso que o levou ao topo do futsal nacional. Começou como pivot, muito por culpa dos golos que marcava no futebol, mas acabou por fazer carreira como fixo, grande parte dela com a camisola do Boavista.

Depois de vários anos nas competições nacionais, aceitou o convite do Bairros para se estrear em provas de cariz distrital. Em Aveiro encontrou “um campeonato competitivo e bem organizado”, o qual foi dominado pelo Bairros, que selou o título com o triunfo caseiro diante do Travassô, por 5-2. “Fomos a equipa mais forte. Depois, nos momentos em que tivemos dificuldades contámos com a entreajuda de todos”, refere Sá Pinto, que vê no emblema de Castelo de Paiva capacidade para se manter nas provas nacionais durante largos anos.

“O Bairros tem todas as condições para o conseguir. Permite aos atletas estarem apenas focados no futsal, seja nos treinos ou nos jogos. A estrutura dá todas as condições”, sublinha o pivot.

Fotografia
ADC Bairros