Enquanto Pena controla a ansiedade, os golos vão surgindo nas balizas adversárias

André Gonçalves ganhou uma alcunha que vai passando de geração em geração. É conhecido por Pena no futebol, tem-se evidenciado pela AD Valecambrense e, por falar em geração, é a família que tem ocupado a sua mente, já que está na iminência de ser pai, o que lhe tem causado alguma ansiedade. Pena foi autor de um “hat-trick” no triunfo da sua equipa sobre o Lusitânia de Lourosa FC B, por 4-1, e admite que o seu grande desejo é ajudar a sua equipa a subir de divisão.

No jogo da 3.ª jornada da Prova Final da 1.ª Divisão Distrital, Pena esteve em destaque na formação de Vale de Cambra. O avançado realça a “entrada forte da equipa no jogo”. “Tivemos logo várias oportunidades de golo e até mandámos duas bolas ao poste. Felizmente, fui marcando, mas defrontámos uma equipa que nos criou imensas dificuldades e que gosta de jogar à bola. Contudo, na segunda parte, acabámos por tornar as coisas mais fáceis”, conta, admitindo que “é sempre bom marcar três golos e ajudar a equipa a ganhar, porque o emblema está acima das individualidades”.

O triunfo mantém a motivação da AD Valecambrense alta e Pena acredita que será possível ao clube aspirar à subida de divisão. “Temos um grupo com muita qualidade e estamos no lote de equipas que pode lutar para subir. Para que isso aconteça temos de dar tudo dentro do campo, e só no final vamos perceber se foi suficiente, porque há equipas muito fortes no campeonato”, admite, ele que tem vivido “alguns momentos mais tensos”. “Já estou numa idade em que me foco na família e nos objetivos coletivos. Estou quase a ser pai e não tem sido fácil controlar a ansiedade, já que a minha filha pode nascer a qualquer momento, até quando eu estiver dentro de campo”, confessa.

Aos 27 anos, Pena tem “o desejo de colocar o Valecambrense no Campeonato SABSEG”, ele que deu os primeiros passos no futebol no CJ Salesiano de Arouca, passando pelo Feirense e vivendo “uma experiência muito boa” quando vestiu a camisola dos iniciados do Sporting durante duas épocas. “Aprendi muito, mas ainda era muito novo e não sabia bem o que queria. Estava no meio de muita gente com qualidade, alguns dos melhores de Portugal. Tive a oportunidade de jogar com o Eric Dier, o Iuri Medeiros, o Tobias Figueiredo, o Carlos Mané, o Bruma, entre outros”, recorda.

O avançado acabaria por regressar ao Feirense, onde teve a oportunidade para treinar com equipa principal, que militava na Liga NOS e que era orientada por Quim Machado. Depois, rumou aos juniores do Rio Ave, sendo que, enquanto sénior, representou clubes como o FC Cesarense, GDSC Alvarenga, GD Milheiroense e JD Carregosense.

“Fui quebrando um pouco ao longo dos anos, sobretudo por uma lesão que tive, mas orgulho-me da minha carreira, até porque por onde passei fiz sempre amigos. Isso também é importante, no futebol e na vida”, sublinha.

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20 de Maio de 2021
Vítor Hugo Carmo
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