Eduardo Coelho faz balanço da presença no Mundial de futsal: "É um orgulho representar Portugal a este nível"

É o árbitro europeu com mais presenças em fases finais de Mundiais de futsal, confessa que alimentou o sonho de estar no jogo decisivo da edição 2024 da prova e, aos 45 anos, espera poder continuar a contribuir para a evolução da modalidade. À AFA TV, Eduardo Coelho, árbitro que pertence aos quadros da Associação de Futebol de Aveiro, recorda a experiência vivida no Uzbequistão e deixa pistas para o seu futuro.

Fazendo um “balanço extremamente positivo” da presença no último Campeonato do Mundo de futsal, Eduardo Coelho fala de uma “experiência enriquecedora em todos os aspetos, desde a exigência técnica até à parte emocional”, realçando ser “sempre um orgulho representar Portugal a este nível”. “E poder estar entre os melhores do mundo é algo que me enche de satisfação”, acrescenta.

No Uzbequistão, o árbitro aveirense somou a quarta presença em fases finais de um Mundial, facto que não passou despercebido aos restantes árbitros presentes na competição. “Os meus colegas reconheceram a longevidade da minha carreira e a consistência que tenho demonstrado ao longo dos anos. Muitos expressaram admiração pelo facto de ter alcançado este marco, destacando o meu profissionalismo e dedicação, o que me deixa orgulhoso. O ambiente entre os árbitros é de grande camaradagem e senti que a minha conquista foi celebrada por todos. Receber este tipo de reconhecimento entre colegas, que entendem as exigências do trabalho, é especialmente gratificante e motivador”, sublinha Eduardo Coelho.

Inovação no último Mundial, a comunicação, pelas equipas de arbitragem, de decisões tomadas para o público presente nos pavilhões é encarada pelo árbitro português como “uma medida muito positiva para o jogo”. “A transparência é fundamental para fortalecer a confiança no trabalho dos árbitros. Naturalmente, exigiu algum treino, principalmente em termos de clareza e precisão ao explicar as decisões em tempo real, mas o resultado foi muito satisfatório”, defende.

Por cumprir ficou apenas o sonho de dirigir o jogo da final. “Após a eliminação de Portugal, as expectativas eram altas em relação à minha participação na final. Claro que teria sido um objetivo bonito de alcançar, mas cada Mundial traz as suas histórias e oportunidades”, admite Eduardo Coelho, que acrescenta: “Embora não tenha acontecido, entendo que a escolha final depende de muitos fatores e o mais importante é que dei o meu melhor em todos os jogos em que participei”.

Pela primeira vez, Portugal teve dois árbitros na fase final de um Campeonato do Mundo de futsal, com Cristiano Santos, da AF Porto, a acompanhar Eduardo Coelho no Uzbequistão. “Ter dois árbitros portugueses na fase final é um sinal claro de que o setor da arbitragem, em Portugal, está a evoluir de forma muito positiva. Isto demonstra que o trabalho árduo e a dedicação estão a dar frutos. É um reconhecimento internacional que valoriza a nossa arbitragem e abre portas para novas gerações”, acredita o árbitro da Associação de Futebol de Aveiro, que deixa algumas pistas para o seu futuro: “Aos 45 anos, estou numa fase de reflexão. Gostaria de continuar a contribuir para o crescimento da modalidade, seja em Portugal ou internacionalmente”.

Natural de Oliveira de Azeméis, Eduardo Coelho marcou presença em cinco Europeus e quatro Mundiais, não tendo falhado nenhuma fase final de uma grande competição de seleções desde 2016.

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19 de Outubro de 2024
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