Do improviso saiu o “golo mais bonito da carreira” de Filipe Vieira no regresso às vitórias do RD Águeda

Nem sempre os golos mais vistosos saem de situações trabalhadas ou muitas vezes ensaiadas. Às vezes, é preciso apelar à capacidade de improviso para se tirar o melhor proveito de um lance prometedor. Foi o que fez Filipe Vieira no golo que abriu caminho ao triunfo do RD Águeda diante do Oliveira do Bairro SC (2-0), para o Campeonato SABSEG. “Considero que foi o mais bonito da carreira, mas vou tentar fazer ainda melhores”, atira o jogador.

Em cima do intervalo, Filipe Vieira começou por fazer a movimentação que lhe estava destinada num pontapé de canto batido por Gonçalo Costa. O defesa central atacou a zona para onde a bola foi enviada, à entrada da pequena área adversária, mas teve de ensaiar uma finalização de recurso, com um toque subtil, que resultou num dos momentos altos da 13.ª jornada do campeonato.

“É o instinto a falar. Muitas vezes, batemos uma 'pataleca' antes dos jogos e temos de estar habituados a nos desenrascarmos do modo como a bola vem. Ali, atacámos a zona que a equipa técnica pediu e conforme a bola veio achei que aquele era o melhor recurso”, explica, ele que se viu confrontado com algumas brincadeiras dos amigos após o jogo: “Dizem todos que foi sem querer. Lá no fundo, eles sabem que por vezes 'engano-me' desta maneira”.

O seu golo abriu caminho ao regresso aos triunfos do RD Águeda no Campeonato SABSEG, após uma série de cinco partidas consecutivas sem vencer. “Sinto que este foi um momento de viragem. Temos de começar a ser muito mais fortes em casa, a ser mais pragmáticos em frente à baliza e ganhar mais maturidade. Temos tudo para fazer um grande campeonato. Ainda vamos a tempo”, acredita Filipe Vieira, que estende essa ideia ao adversário do último domingo.

“Não estávamos numa boa fase, tal como o Oliveira do Bairro. A tabela não espelha em nada o valor tanto de uma equipa como da outra. Ambas vão acabar por conseguir fazer uma boa época, consoante a sua realidade”, acredita o futebolista.

Aos 24 anos, Filipe Vieira mantém a ambição em singrar no futebol. “Se disser que não quero subir cada vez mais, estaria a mentir. Ainda olho para a minha carreira como curta e espero alcançar níveis superiores”, diz, sendo que os golos são sempre uma ajuda preciosa à concretização desse objetivo.

“Ajudam sempre na confiança. O trabalho de um central é mais defender, manter a sua baliza a zero, ajudar a equipa na construção e na organização do jogo, mas se der para fazer o golo... São eles que dão as vitórias”, atira, ele que concilia a carreira de futebolista com o emprego como serralheiro e soldador. “Não é fácil, muitas vezes chego ao fim de semana muito cansado, mas temos de ser fortes”, atira.

Fotografia
Hélder Cruz | RD Águeda

5 de Dezembro de 2024
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