Em estreia na 2.ª Divisão Distrital, a ADRC Ribeira da Azenha viu a sua resiliência, numa época recheada de contratempos, ser recompensada com a estreia a vencer na competição, no arranque da Taça Complementar, que junta as equipas que falharam o acesso à fase de subida. Diogo Fontes bisou na vitória diante do Always Young (3-1) e sente que ela “vem na altura certa”, para ajudar a um final da temporada positivo.

Depois de um ano a competir na Liga Census, o clube de Anadia decidiu, esta época, inscrever-se na 2.ª Divisão Distrital da Associação de Futebol de Aveiro, mas a aventura “não começou assim tão bem, porque tínhamos falta de jogadores, ainda não tínhamos o nosso treinador e muitos de nós nunca tinha jogado futsal”, recorda Diogo.

O trajeto foi árduo, trilhado com o peso das derrotas que se iam acumulando, mas o plantel da ADRC Ribeira da Azenha nunca virou a cara à luta e viu a vitória surgir, finalmente, na ronda de abertura da Taça Complementar, no reencontro com o Always Young. “Ela foi muito boa para a nossa equipa”, diz o ala, que lembra os constrangimentos sentidos durante a preparação do encontro: “Viemos de muitas expulsões nos últimos jogos e fomos (a jogo) com apenas seis ou sete jogadores, sendo que um guarda-redes estava no banco como jogador de campo. Acabámos por jogar praticamente sempre os mesmos”.

Isso levou a que a estratégia definida implicasse marcar cedo - o que acabaria por acontecer - pois, “a partir daí, sabíamos que se conseguíssemos defender bem podíamos levar a vitória”, explica Diogo Fontes. “Ao intervalo (com o resultado em 1-0), conversámos e o treinador disse que tínhamos de procurar o segundo golo. Conseguimo-lo muito cedo e o terceiro golo surgiu logo a seguir, vindo de um canto. A partir daí foi mais tranquilo”, com o jogo a terminar com o triunfo por 3-1, o primeiro da época. “Estávamos todos alegres no fim. Já estávamos a tentar consegui-la há algum tempo, mas nas segundas partes acabávamos sempre por perder as vantagens que tínhamos. Ela vem na altura certa”, acredita o jogador, que bisou no encontro.

Sentindo que a equipa “está no bom caminho e num dos momentos mais fortes da época”, Diogo encara o que falta jogar com “o objetivo de continuar a trabalhar para conseguir os objetivos, que serão ficar num dos primeiros lugares” na Taça Complementar da 2.ª Divisão.

Formado no futebol, Diogo Fontes descobriu o futsal na temporada transata, quando se juntou à ADRC Ribeira da Azenha, a convite de um amigo. “Fui com o objetivo de me divertir um pouco. Decidi agarrar a oportunidade”, conta, admitindo que nunca pensou em ser profissional da modalidade. “Gostaria de, um dia, conseguir uma subida de divisão, se possível numa equipa com alguns amigos”, completa.

'Fator casa' impera na fase de subida
O último fim de semana marcou o início da segunda fase da 2.ª Divisão Distrital, que se divide em duas competições: a fase de subida ao Campeonato Grande Hotel de Luso e a Taça Complementar.

Na primeira, o 'fator casa' revelou-se decisivo na jornada inaugural. A ARCA, com Joel Silva a bisar, bateu a AD Travassô (5-1), o Novasemente GD derrotou o GD Gafanha B (3-1), com dois golos de Dércio Ferreira, e o Clube de Albergaria levou a melhor diante da ACD Gião (4-2).

Na Taça Complementar, a ADRC Ribeira da Azenha partilha a liderança da Série B com o SC Silvalde, que venceu na casa do GD Beira-Ria Sub-23 por 2-5, com Gonçalo Silva a marcar dois dos golos dos espinhenses. No restante jogo do grupo, CCDR Fundo de Vila e GRC Telhadela empataram a uma bola.

Na Série A, o CC Barrô ganhou na casa do GRC Dínamo Sanjoanense B por 3-6, a AD Casal bateu a ACR Vale de Cambra por 5-3 e a AJ Angeja assinou uma reviravolta na receção à AD Couto Mineiro, jogo que venceu por 2-1.

Por fim, na Série C, a ADEC Futsal derrotou o AC Luso por 5-4, pese embora o 'hat-trick' de Ricardo Almeida pelos bairradinos, e o CAP Alquerubim ganhou à PARC B por 5-2, com três golos de João Barbosa.

Fotografia
ADRC Ribeira da Azenha