De pai para filha: a paixão que levou Daniela Tavares à presidência da UD Mansores

As cores da UD Mansores correm no sangue de Daniela Tavares. O pai, sócio fundador do clube, passou-lhe a paixão que a fazia voltar de Coimbra para ver o clube da terra, e a necessidade de assumir os destinos do clube na parte final da última época criaram-lhe a vontade necessária para concretizar uma candidatura vencedora.

A ligação de Daniela Tavares à formação do concelho de Arouca é longínqua. “Já não é a primeira vez que tenho contacto com a UD Mansores. O meu pai é um dos sócios fundadores do clube e, por isso, é uma ligação que tenho desde que sou pequena. Já tinha feito parte da direção durante três ou quatro épocas e voltei no ano passado, a convite do presidente da altura”, recorda.

Afinal, como poderia a jovem dizer que não a algo que tanto lhe diz? “Eu estudei três anos em Coimbra e, a determinada altura, o clube estava prestes a subir de divisão e cada jogo era decisivo”, lembra, enquanto evoca as palavras da mãe, que preferia que Daniela “viesse a casa” do que ir buscá-la “doente”. “O clube é muito importante para mim e eu dedico-lhe o meu tempo sempre que posso”, sublinha, ela que assumiu interinamente a presidência na parte final da última época na sequência de problemas de saúde do então presidente e da demissão anterior da vice-presidente.

“A responsabilidade de gerir a direção e o plantel ficou para mim. Comecei a ganhar gosto pela função, conquistei a confiança e o respeito dos jogadores e dos meus colegas, e percebi que se conseguia fazer essa gestão durante meia época, também a conseguiria fazer durante uma completa”.

Foi assim que começou a ser pensada e preparada a candidatura ao cargo de maior responsabilidade da UD Mansores. Responsabilidade, essa, acrescida pelo facto de ser a primeira mulher a liderar os destinos de um clube no concelho de Arouca. “Ser uma mulher e a primeira no concelho traz-me ainda mais responsabilidade para tudo aquilo que me propus. Eu estou a representar a UD Mansores, mas também as mulheres, que ao dia de hoje ainda não são tão bem aceites no mundo do futebol, principalmente em cargos de gestão”, explica Daniela, confiante de que as mulheres “tudo podem, se o quiserem”.

A temporada 2021/22 terminou com a subida da UD Mansores e o consequente regresso ao Campeonato SABSEG. Hoje, “as ambições são claras: a manutenção no clube entre a elite e a estabilização financeira. Não queremos entrar em loucuras e pretendemos ter o clube estabilizado a nível financeiro e competitivo”, aponta a presidente, que garante “a garra, a determinação e o respeito que esta equipa conquistou” como bases para a conquista dos objetivos traçados.

Fotografia: Direitos Reservados

3 de Agosto de 2022
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