CD Feirense, da 3.ª Divisão, afasta equipa da Liga BPI na Taça de Portugal feminina de futebol: “A festa foi grande”

O termo 'tomba-gigantes' nasceu para retratar vitórias como esta. O CD Feirense, da 3.ª Divisão Nacional feminina de futebol, afastou, na terceira eliminatória da Taça de Portugal Generali Seguros, o FC Famalicão (2-1), que compete na Liga BPI. Um feito com direito a reviravolta, que teve Marisa Magalhães, que até começou o jogo no banco, como protagonista dos lances que resultaram nos dois golos 'fogaceiros'. “A festa foi grande”, conta a jogadora, que valoriza “o trabalho de toda a equipa” em toda esta história.

No Complexo Desportivo Rodrigo Nunes, em Santa Maria da Feira, o FC Famalicão colocou-se em vantagem ao minuto oito, por Paulina Echeverria, ela que acabaria expulsa meia hora depois, abrindo caminho à reação do CD Feirense que deu a volta ao resultado após o intervalo. Lançada no jogo instantes antes, Marisa Magalhães apontou o 1-1 e esteve no lance da 'remontada', que resultou num autogolo de Sofia Almeida.

“Esta reviravolta deve-se ao esforço e à dedicação que a equipa teve em querer muito chegar à próxima eliminatória (da Taça de Portugal)”, refere a atleta das 'fogaceiras', que elogia a resposta ao golo sofrido numa fase prematura do encontro. “A equipa soube reagir ao facto de estar a perder e nunca perdeu a cabeça”, nota.

Salientando que “tem sempre impacto jogar em casa, com os adeptos a apoiarem e a fazerem-se ouvir, o que surte um efeito nas atletas”, Marisa vê na parte tática uma das explicações para o CD Feirense ter superado um adversário que, jogando dois escalões acima do seu, apresenta “outro andamento”. “Os 'místeres' delinearam uma estratégia e nós soubemos cumpri-la”, explica, acrescentando que “a equipa ficou extremamente contente com este feito”.

Atingidos os oitavos de final da Taça de Portugal, no balneário do CD Feirense não se conjeturam cenários sobre hipotéticos adversários na 'Prova Rainha'. Por ali, só se pensa no próximo jogo. “Um dos nossos objetivos passa por garantir a ida à próxima fase (da 3.ª Divisão). Estamos perto de o conseguir e, se ganharmos o próximo jogo, teremos essa parte garantida”, explica a jogadora.

Aos 35 anos, Marisa Magalhães vive dias felizes depois de ter ultrapassado um período marcado por problemas físicos, que a afastaram dos relvados. “É sempre bom ter momentos especiais como este quando vimos de lesões, dão-nos mais alento. Mas as lesões fazem parte do jogo. Temos que saber lidar com isso e ultrapassar os obstáculos que vão surgindo”, atira, ela que tem como treinador, no CD Feirense, o irmão, Rui Filipe Magalhães. “Separamos muito bem esta parte. Sou só mais uma atleta para o 'míster'”, garante, entre sorrisos.

Para trás ficou quase uma década ligada ao futsal, que culminou com a interrupção do projeto na ACD Gião, em 2014. “Foi isso que me fez mudar do futsal para o futebol. O meu irmão tinha começado a treinar a equipa feminina do Canelas e aconteceu tudo nessa altura”, recorda Marisa, que admite ser incapaz de escolher entre uma modalidade e a outra: “No futsal temos muito mais bola no pé, o futebol acaba por ser mais tático. Não dá para comparar e gosto bastante das duas”.

Clube de Albergaria também avança na Taça de Portugal
Ainda na Taça de Portugal Generali Tranquilidade, o Clube de Albergaria, que compete na Liga BPI, apurou-se para a quarta eliminatória ao derrotar o SC Rio Tinto, da 2.ª Divisão Nacional, por 1-4. Paula Ruess, Addi Nourimane, Laura Luís e Cristiana Martins marcaram pelas albergarienses.

No escalão de Sub-19, o Clube de Albergaria perdeu, para a Liga, com o Sporting CP por 1-7, com Beatriz Rocha a apontar o tento de honra das aveirenses. Na 2.ª Divisão, CD Feirense e JuveForce venceram, pela margem mínima, o Académico de Viseu FC (2-1) e a UR Cadima (0-1), respetivamente, enquanto o NEGE caiu perante a EFF Guarda (1-2).

Fotografia
Clube Desportivo Feirense - Futebol Feminino

10 de Dezembro de 2024
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