Hélder Resende, conhecido no futebol como Carapau, foi o herói do GD Ronda nos oitavos-de-final da Taça de Aveiro PECOL, ao bisar na recuperação da equipa do Futebol Popular de Espinho na casa do Fermentelos, da 1.ª Divisão Distrital. Nos últimos dez minutos do jogo, o avançado, de 21 anos, anulou uma desvantagem de dois golos e impediu que a sua equipa se despedisse da competição, ela que acabou por garantir um lugar nos quartos-de-final ao vencer por 4-1 no desempate por grandes penalidades.

Carapau garante que a equipa sonha com a final da Taça de Aveiro PECOL e avisa que o próximo adversário que lhe sair em sorte não vai ter tarefa fácil. “O Ronda está a ser uma bandeira da qualidade que existe no futebol popular de Espinho”, sublinha o avançado, que acredita que o clube “pode sonhar com a final, mesmo sabendo que não somos favoritos”.

“Se chegámos até aqui não colocamos nada de parte. Já vi muitos 'grandes' a tombar. As equipas que se preparem, porque não vão ter tarefa fácil connosco. Venha quem vier, não vamos ter medo”, completa.

No jogo com o Fermentelos, o GD Ronda voltou a recuperar de um resultado negativo para chegar à vitória. Carapau revela que a palestra entre o plantel, ao intervalo do jogo, foi o clique para inverter o rumo dos acontecimentos. “Aconteceu a mesma coisa aquando da eliminatória com o Vista Alegre. Entrámos apáticos, com receio do adversário e a demorar algum tempo a perceber como ele atacava e defendia. Tivemos medo de ter a bola e estivemos nervosos. Ao intervalo, demos as mãos e falámos com calma. Não discutimos e apoiámo-nos uns aos outros. Fizemos o nosso grito e dissemos uns aos outros que éramos capazes de dar a volta”, revela. 

O atacante acrescenta que a equipa estava segura da vitória depois de ter conseguido levar a decisão da eliminatória para as grandes penalidades. “Não estávamos nervosos nos penáltis porque, nesse plano, a equipa é muito forte. Foi quase como se estivéssemos num treino, tranquilos, sabendo que íamos ser mais fortes. Estávamos bem preparados”, conta.

Carapau revela ainda que, depois do final do jogo, “houve festa no balneário e na viagem até à sede, onde se juntaram jogadores e adeptos”. “Foi algo que nunca tinha visto no Ronda, uma grande festa com muita alegria. Espero continuar a ajudar o clube, com ou sem golos, e que continuemos a dar muitas alegrias aos nossos adeptos”, conclui.

Fotografia
G.D. Ronda