Canto direto, "hat-trick" e estreia a vencer no Campeonato SABSEG. O domingo perfeito do quarentão Edu

Aos 40 anos, o futebol terá poucos segredos para Edu. O médio do SC Paivense mantém o vigor de há uma mão cheia de anos de atrás, como o “hat-trick” completado em pouco mais de meia hora no duelo com o CD Paços de Brandão o comprova. Com três operações aos joelhos no registo clínico e os anos a passarem com vagar de sempre, Edu ainda não pensa na reforma e diz estar no campeonato distrital mais apetecível do país: “Noutro sítio não era notícia, aqui sou”.

Até ao último domingo, a época do emblema de Castelo de Paiva até nem estava a ser entusiasmante. “A equipa começou a tarde. Ainda assim, mesmo sem jogar muito bem nos dois primeiros jogos, estivemos à frente do marcador em ambos, só que permitimos a reviravolta”, recorda o médio, que vê na vitória por 5-0 diante do CD Paços de Brandão “uma lufada de ar fresco” para o SC Paivense.

De uma assentada, o clube passou a ser o melhor ataque da zona Norte, com oito golos, e Edu o melhor marcador, com três, todos eles apontados na primeira parte do encontro com a “Briosa”. “Entrámos bem na partida e logo no primeiro minuto surgiu um canto. Estavam duas pessoas do clube à beira da bandeira de canto, que eu conheço. Virei-me para elas e disse: “Vai ser canto direto e golo”. Assim foi”, recorda, entre sorrisos, um lance que é uma espécie de imagem de marca sua. “Já não é a primeira vez que faço golo de canto direto, no Paivense e neste campeonato”, assegura.

Minutos depois, empurrou para o segundo, tendo completado o “hat-trick” pouco passava da meia hora, num golo que talvez merecesse ter tido outro autor. “Conheço muito bem o Ginho, sei como ele joga. Quando ele cortou para dentro, vi que ia chutar. Era um grande golo, merecia, mas a bola foi ao poste. Percebi que se ela não entrasse ia sobrar para aquela zona. Estava no sítio certo”, conta.

Foram três golos em 33 minutos, nada mau para um quarentão, que decidiu voltar, esta temporada, ao SC Paivense, após um ano em Cinfães. “Estou perto de casa e é um clube de que gosto”, explica, mas não foi apenas isso a pesar na decisão. “Pelo acompanhamento que se faz aos campeonatos, este é o melhor distrital do país. Já joguei no Porto e em Viseu, mas prefiro o de Aveiro. Os meus colegas que jogam noutros campeonatos dizem que o acompanhamento que é feito aqui é brutal”, o que torna cada temporada ainda mais aliciante.

Edu garante que ainda não pensa no adeus aos relvados. “Sinto-me bem, física e mentalmente”, revela, e nem as três operações que fez aos joelhos, a mais recente na época passada, o faz querer antecipar o final da carreira. “Se surgir um convite para começar a treinar alguma equipa talvez possa pensar em deixar, mas gosto mais de jogar do que treinar”, admite.

Para já, o seu único foco passa por ajudar o SC Paivense a “lutar pelos primeiros lugares (da zona Norte) para garantir desde logo a manutenção” no Campeonato SABSEG. Pena que o tenha de fazer sem o apoio do público, o tempero que torna cada jogo apetitoso. “É a mesma coisa que estar a comer sem sal, e eu gosto da comida bem temperada. Os adeptos dão alegria ao futebol. Apesar da questão da pandemia, há outros espetáculos que podem ter público. No futebol distrital, se fosse permitido 10% da capacidade do estádio, as pessoas ficariam bem distanciadas. Não haveria grande perigo”, defende.

Sessão de esclarecimento no futsal
Noutro contexto, realiza-se hoje, pelas 20h30, uma sessão de esclarecimentos subordinada às alterações das leis de jogo de futsal, que decorrerá por videoconferência. O árbitro internacional Eduardo Coelho será o preletor de um momento formativo direcionado aos clubes e aos agentes desportivos do distrito.

1 de Outubro de 2020
Rui Santos
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