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Aveirenses pelo Mundo: Pedro Silva viveu a diversidade competitiva do futebol helvético

O queijo suíço não é a praia de Pedro Silva, treinador aveirense que embarcou numa aventura pelo futebol helvético, em representação do FC Rapperswil, e onde ficou a conhecer as diferentes formas de encarar a competição na Suiça. A multiculturalidade existente nos cantões de um dos países mais ricos do mundo reflete-se na atitude dos jogadores dentro de campo, e Pedro Silva assume que não foi tarefa fácil adaptar-se a essa diversidade competitiva.

O treinador teve a sua primeira experiência na Suiça em 2011, quando o FC Rapperswil o convidou para “fazer algumas demonstrações de como se trabalhava o futebol em Portugal”. Depois dessa curta experiência estagiou no Palmeiras, do Brasil, e regressou a Portugal para treinar os juniores do Oeiras e do Belenenses, orientando depois as equipas principais do 1.º de Dezembro e do Mafra, até surgir um novo convite da Suiça.

“Nessa altura tive uma proposta de um clube chinês, que não se veio a concretizar. O clube suíço já conhecia o meu trabalho e acabei por voltar ao Rapperswil em 2017 para liderar a coordenação técnica da formação”, conta Pedro Silva, ele que viria a assumir o comando da equipa principal do clube quando esta se encontrava em lugar de descida e a seis jogos do final do campeonato. “Houve uma sequência de 15 jogos em que a equipa não conseguiu ganhar e quando assumi o desafio ainda conseguimos três vitórias consecutivas, mas nos últimos jogos defrontámos equipas que lutavam pelo playoff de subida e acabámos por descer”, recorda.

O técnico acabou por orientar a equipa na 3.ª Divisão Nacional da Suiça, numa experiência em que viria a encontrar várias diferenças de estratégia e de postura competitiva dentro do mesmo campeonato. “O futebol é um pouco como a cultura do país, que tem diferentes partes - a francesa, a italiana e a alemã. Acaba por ser um misto dessas três nacionalidades, porque se formos jogar contra uma equipa do cantão alemão, o jogo é mais partido e mais físico. Se jogamos com uma equipa do cantão francês, já é um futebol mais parecido com o português ou o espanhol. No caso do cantão italiano joga-se um futebol mais tático e cínico”, explica.

Pedro Silva terminou recentemente a sua aventura na Suiça após a suspensão do campeonato -  devido à pandemia de Covid-19 -, mas na bagagem traz consigo “uma experiência muito boa, num país bastante desenvolvido e muito à frente dos restantes países da Europa”. “Ao nível das condições de trabalho é fantástico e estava num clube que costuma militar na 2.ª ou 3.ª Divisão nacional, com uma excelente estrutura e equipamento, desde os campos de treino até ao estádio. Relativamente a outros aspetos, não senti grandes dificuldades em ambientar-me, porque há muitos portugueses espalhados pela Suiça. A gastronomia é praticamente idêntica à nossa e, embora eu não seja apreciador, os suiços são doidos por queijo, como é sabido”, conclui.

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22 de Maio de 2021
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