ARCA vence pela primeira vez no Campeonato Grande Hotel de Luso: "Era algo que queríamos há algum tempo"

A 23.ª jornada no Campeonato Grande Hotel de Luso trouxe a primeira vitória da ARCA na prova, num jogo 'louco' no pavilhão da ACD Azagães (6-7), que teve um desfecho diferente do que vinha sendo norma até aqui. Já sem possibilidades de evitar o regresso à 2.ª Divisão Distrital, a equipa de Aguada de Baixo ainda luta por um objetivo importante esta época, o de chegar à 'Final 4' da Taça de Aveiro. “Sabemos que temos pela frente um adversário difícil, mas iremos dar o nosso melhor para conquistar a vitória e o respetivo acesso”, assegura Sérgio Novo.

Foi com dois golos seus, nos primeiros dez minutos do encontro, que a ARCA começou a ganhar vantagem diante da ACD Azagães. Ao intervalo, os aguedenses venciam por 2-4, mas viram o adversário virar o marcador do avesso no segundo tempo. A dois minutos do fim, o conjunto de Águeda perdia mesmo por 6-5, mas um autogolo e um tento salvador de Fábio Silva, perto do fim, valeram o tão ansiado triunfo, o primeiro desde que o campeonato arrancou.

“Era algo que queríamos há já algum tempo. Se calhar, o facto de já termos descido matematicamente retirou-nos pressão e, a nível de jogo, estivemos mais à vontade. Estivemos em muitos jogos a vencer e acabámos por ceder nos últimos minutos, consentindo empates e até mesmo derrotas”, explica Sérgio Novo.

O facto de o enguiço de maus resultados ter sido quebrado longe do Pavilhão da ARCA foi uma mera coincidência, considera o universal, até porque, “mesmo já com a descida certa, os adeptos nunca deixam de apoiar”. “Aproveito para lhes deixar uma palavra de agradecimento”, realça.

Os resultados que a equipa foi obtendo ao longo da temporada comprovam “uma época dura”, num “Campeonato Grande Hotel de Luso que vem, a cada época que passa, ficando com mais qualidade, com muitos ex-jogadores da 2.ª e 3.ª Divisão Nacional, o que faz com que o nível de futsal praticado se eleve e que as mais pequenas falhas ou distrações se paguem caro”, considera o jogador.

“Foi uma época dura, sem dúvida. Embora tenhamos qualidade, a nossa realidade é bem distinta da maioria das equipas da nossa divisão. Somos uma equipa composta em 90% por atletas da terra, em que ninguém recebe qualquer tipo de ajuda financeira para aqui jogar e treinamos apenas duas vezes por semana. Mas temos, sem dúvida, um excelente grupo e isso foi o que nos fez não baixar os braços e continuar a batalhar em cada jogo”, completa o universal.

Aos 35 anos, Sérgio Novo cumpre a 23.ª temporada no futsal. Sabe que “o fim está próximo”, mas não se vê, no futuro, a cortar em definitivo com a modalidade. “Quem me conhece sabe que ando há algum tempo a dizer que vou deixar de jogar. O que me tem mantido é, sem dúvida, o nosso grupo, que representa o clube da terra com amor à camisola, o que nos dias de hoje já pouco ou nada se vê”, atira o fã de Falcão e Ricardinho, que está a concluir o curso UEFA B de futsal.

Novasemente GD soma triunfo importante
Ainda na 23.ª jornada do Campeonato Grande Hotel de Luso, o campeão, Lusitânia de Lourosa FC, venceu em Esgueira por 1-3, enquanto o CD Arrifanense reforçou a segunda posição ao derrotar o FC Mozelos por 7-5.

Rodrigo Fonseca bisou no triunfo do FC Barcouço na casa da AD Arsenal de Canelas (3-4), numa ronda em que a AJ Fiães superou o CRECUS (3-2), GCR Ossela by BTL e AD Travassô empataram a três bolas e o Novasemente GD venceu na Gafanha por 3-4, com um 'hat-trick' de Eduardo Alves.

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15 de Abril de 2025