O S. João de Ver deu uma prova de vida no Campeonato SABSEG ao virar, em poucos minutos, o resultado diante do vice-líder da prova, o Bustelo. A “remontada” foi confirmada por Alex Brandão, médio com queda para o golo, que deixa um aviso à navegação: “Isto pode não virar, mas vai aquecer. Contem com o S. João de Ver para a luta pelos primeiros lugares”.

A receção ao Bustelo era um teste de fogo para o S. João de Ver, que vinha de dois jogos seguidos sem vencer e não queria perder mais terreno para a concorrência. Após uma etapa inicial sem golos, Nuno Martins adiantou os oliveirenses, na sequência de uma bola parada, nada que tenha abalado a confiança dos leões encarnados.

“Estávamos a jogar muito bem e a ser melhores do que eles. Tínhamos de dar a volta, e esse golo acabou por nos dar mais força. Se calhar, se não o tivéssemos sofrido, íamos andar ali no vai ou não vai e o jogo talvez acabasse empatado”, explica Alex Brandão, autor do golo do triunfo sanjoanense.

“Foi uma jornada positiva. Conseguimos jogar bem e ganhar, o que não fazíamos há algum tempo, e o Beira-Mar voltou a perder pontos”, salienta o atleta. Essas duas particularidades fazem aumentar as esperanças do S. João de Ver em recuperar terreno para o topo da tabela: “Temos de continuar a sonhar, porque tudo pode acontecer”.

Aos 23 anos, Alex Brandão fala do futuro de forma desprendida. “Vai-se indo e vai-se vendo”, atira um médio de remate fácil, que nas últimas épocas vem evidenciado uma pontaria assinalável. Aos seis golos apontados na época passada acrescem os quatro que já leva na atual edição do Campeonato SABSEG, números aos quais é difícil passar ao lado.

“Estou mais maduro, e o sistema da equipa também ajuda. Jogar em 4-4-2, comigo atrás dos avançados, ajuda, pois permite-me chegar mais à frente”, explica o jovem, que ao longo da formação passou por clubes como FC Porto, Boavista e Leixões. “Foram anos muito importantes e muito bons para mim. Recordo o convívio com amigos que, ainda hoje, contacto. Um deles é o Chiquinho, do Moreirense, que está a jogar muito bem”, conta Alex, que cresceu a admirar o antigo internacional brasileiro Kaká. “Era elegante a jogar, que é o que procuro ser em campo”, remata.