AFA 2030: "Um congresso extremamente rico" e essencial para a evolução dos treinadores

Um importante momento de reflexão, determinante para a evolução dos treinadores e com um papel relevante na evolução do futebol e do futsal em Portugal. É desta forma que os preletores que estiveram presentes na quinta edição do congresso de treinadores AFA 2030 encaram o evento, por entre elogios à organização, que ficou a cargo da Associação de Futebol de Aveiro.

Miguel Couto, treinador e coordenador técnico de futsal na AM Granja, que abordou a importância do papel do coordenador - “uma função imprescindível para o crescimento da modalidade e dos clubes porque é alguém que supervisiona e direciona todo o trabalho num determinado sentido” -, sublinha que “o congresso já começa a ser uma referência ao nível do futebol e do futsal”.

O selecionador nacional feminino de futebol, Francisco Neto, concorda com a ideia, destacando “três dias de muita partilha, que é o que faz crescer os treinadores”. Para isso acontecer, é fundamental “não apenas virem confirmar o que pensam, mas também porem em causa, o que é muito importante para conseguirmos evoluir e dirigirmos o melhor possível as nossas equipas”, acrescenta Mara Vieira, treinadora do Rio Ave, com Blessing Lumueno, treinador e comentador de futebol, a definir como “objetivo final (de eventos como o AFA 2030) termos um futebol português mais forte, com melhor formação, mais competitivo e com melhores quadros em todas as suas áreas”.

O futebol feminino, em franca expansão em Portugal, esteve em particular destaque na edição 2024 do congresso AFA 2030. “A aceitação que está a ter por parte da população em geral” leva a que “cada vez mais vejamos miúdas a jogar futebol”, refere José Albano Oliveira, treinador do Marítimo. Renato Fernandes, técnico do Estoril, acrescenta que “o futebol feminino está a crescer e é um meio para estes treinadores, se quiserem, entrarem” nesta área.

No futsal, Joel Rocha, que em 2023/2024 conduziu o SC Braga à conquista da Taça de Portugal e à final da Liga Placard, enfatiza a ideia de que “conhecer e reconhecer o que são os nossos praticantes, o seu caráter e personalidade”, é essencial para “os envolvermos nas nossas dinâmicas, em relação ao treino, ao jogo e à competição”. “As relações que criamos com eles são decisivas para um resultado de sucesso, e que esse sucesso seja o crescimento deles e de nós, enquanto treinadores”, completa.

José Luís Mendes, que integra o corpo técnico da Federação Portuguesa de Futebol, elogia um “congresso extremamente rico”, sublinhando que “a Associação de Futebol de Aveiro é exímia neste tipo de situações”, e Luís Estrela, treinador e coordenador do futsal do Benfica, acrescenta que, “hoje em dia, a formação é um elemento diferenciador para os treinadores”.

Formandos aplaudem evento
O congresso de treinadores de futebol e futsal AFA 2030 juntou cerca de 300 técnicos para “dias muito vantajosos, não só na parte da aprendizagem na vertente de treinador, mas também na da coordenação”, diz Rita Cheganças, treinadora na JuveForce. “É importante que as pessoas tenham esta experiência, para conseguirem conviver com outro tipo de opiniões, que nos enriquecem”, elogia.

Já Miguel Pinho, que esta época conduziu a PARC ao título de campeã no Campeonato Grande Hotel de Luso, lembrou que, “para além de garantir créditos, que são obrigatórios para renovar a licença de treinador”, o congresso “dá a oportunidade de ter acesso a informação de muita qualidade, e a experiência de aprender com os melhores é muito importante”.

O congresso de treinadores AFA 2030 garante aos participantes dupla certificação, pela UEFA e pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ).

Fotografia
Associação de Futebol de Aveiro

6 de Julho de 2024