Depois de uma temporada pouco vistosa em termos classificativos, a ADCF Santo André encara 2022/23 com a intenção de se posicionar entre os lugares cimeiros da 2.ª Divisão Distrital. Sérgio Pereira estreia-se no comando técnico de uma equipa sénior, após vários anos de trabalho nos escalões de formação, e terá ao seu dispor um plantel jovem, com vários atletas que orientou no passado.

A transição para o escalão sénior era algo que o técnico “já tinha definido” e, apesar de alguns convites rejeitados pelo caminho, a conciliação de ideias com a estrutura diretiva do clube de Vagos permitiu-lhe o desejado salto. “Eu já tinha definido que até aos 40 anos iria trabalhar no futebol de formação e, depois, passaria para o futebol sénior”, começa por explicar, assumindo ter sentido agora “que era altura de aceitar o desafio da ADCF Santo André”.

“O clube foi ao encontro do projeto que apresentei, que é a três anos. Achou-o interessante e conseguimos chegar a um consenso”, sublinha o Sérgio Pereira, que trabalhou com “duas ou três gerações diferentes, nas camadas jovens”, e conseguiu recrutar alguns dos atletas que liderou.

Conhecedores das suas “ideias e maneira de pensar”, estes jovens vão partilhar com o treinador a primeira experiência enquanto seniores e integram um plantel com “23 jogadores novos” e “uma média de idades de 20 anos”.

“Apesar de parecer um clichê, a verdade é que vamos trabalhar jogo a jogo, porque não podemos assumir algo, uma vez que a simbiose pode não ser a que pretendemos”, admite o técnico, que, ainda assim, garante uma equipa com “objetivos” e ambição de “andar na parte de cima da tabela”, tendo por base “um futebol mais aberto, mais alegre”.

Numa divisão “em que não há descidas” e com vários clubes a apontarem à “parte de cima da tabela”, Sérgio Pereira mostra-se ciente que a ADCF Santo André vai “defrontar jogadores e equipas de todos os contextos” e antevê como “maior desafio” a “manutenção dos níveis de concentração e do foco da equipa nos diferentes jogos”.

Mesmo tendo sentido constrangimentos pelas “colocações nas universidades” que fizeram com que perdesse “dois jogadores”, o clube tem 23 atletas assegurados e um ainda “a treinar à experiência”, e Sérgio Pereira assume ter “o plantel fechado”, garantindo que “se viesse mais alguém teria de ser uma mais-valia”.

Plantel da ADCF Santo André
Guarda-Redes: Pedro Pereira, Pedro Vieira e Luís Frade;
Defesas: Miguel Ribeiro, Diogo Martins, Tan Boyu, Paulo Grilo, Ricardo Resende, Diogo Fonseca, Diogo Pinto e Gonçalo Oliveira;
Médios: João Ribeiro, Svay Chantoranak, Shiva Narayanan, Henrique Torrão e João Freire;
Avançados: Leonardo Ferreira, Haruki Sugihara, André Medeiros, Fábio Gomes, Leandro Neves, André Ferreira e Pedro Silva.

Fotografia: ADCF Santo André