Vivem-se dias festivos em Gião. Às habituais celebrações natalícias e de ano novo, juntaram-se, esta época, as do apuramento da equipa da terra para a fase de subida da 2.ª Divisão Distrital de futsal, a fechar 2024, e para a segunda eliminatória da Taça de Aveiro, a abrir 2025.

“O nosso objetivo é, claramente, a subida de divisão. Na Taça é ir o mais longe possível, jogo a jogo, mas é claro que ambicionamos sempre ir a uma 'Final 4'”, começa por apontar o capitão da equipa, Rui Ferreira, que elogia “um grupo muito unido, com muita qualidade”, que se tem exibido a um bom nível. “Felizmente, tem corrido bem. É muito fácil trabalhar sobre vitórias”, sublinha.

A mais recente aconteceu no último fim de semana, para a Taça de Aveiro. Frente a um adversário da Liga Census, o CCR Válega, “uma equipa muito aguerrida, que não desistiu e criou muitas dificuldades na primeira parte”, a ACD Gião acabaria por confirmar o favoritismo que lhe era atribuído para a eliminatória com um triunfo por 9-0.

“Acho que até jogámos muito mal na primeira parte, mas ao intervalo metemos as ideias no sítio. O treinador pediu-nos respeito pelo adversário e, na segunda parte, entrámos como nos outros jogos. O avolumar do resultado foi em face da nossa qualidade”, explica Rui Ferreira, que não se coíbe de considerar o “resultado um bocado excessivo, porque eles também tiveram muitas boas oportunidades”.

Agora, é tempo de preparar a fase das decisões, com o objetivo de evitar o que aconteceu na temporada transata. “No ano passado, acabámos por 'morrer na praia'. Isso acaba por nos 'abrir os olhos'. O plantel é praticamente o mesmo do da época passada e não queremos voltar a cometer os erros que cometemos na segunda fase. Creio que não vai voltar a acontecer, mas o desporto é assim. Tanto podemos ser felizes como não. Estamos prontos para o que vem aí”, garante o ala, que deixa a receita para o sucesso.

“No ano passado, também fizemos uma primeira fase muito boa mas, depois, acabámos por cair na fase de apuramento do campeão. Este ano, também esperávamos muitas dificuldades, mas o 'mister' pediu-nos sempre para acreditarmos nas nossas ideias. O segredo é encararmos cada jogo sempre com o mesmo pensamento. Somos muito persistentes. É trabalhar, trabalhar, trabalhar, e os resultados têm aparecido”, valoriza.

Aos 27 anos, Rui faz dos pavilhões o palco para mostrar todo o seu talento, mas nem sempre foi assim. “Comecei no futebol, no clube da minha terra, o Lourosa. Chegou uma fase em que a AJ Fiães veio puxar por mim e pelos meus amigos. A partir do primeiro treino que fiz, descobri que era no futsal que tinha de estar. Fisicamente, é mais puxado, que é o que mais gosto. Em júnior, acabei por regressar ao futebol, porque tive um momento mau no clube em que estava, mas senti que tinha de voltar ao futsal. Espero continuar por mais uns anos”, conclui.

Faltaram os 'tomba-gigantes'
A segunda eliminatória da Taça de Aveiro não trouxe 'tomba-gigantes'. As únicas equipas do Campeonato Grande Hotel de Luso que foram eliminadas, Novasemente GD e FC Mozelos, caíram às mãos de outros primodivisionários, no caso a AD Travassô (5-8) e a ACD Azagães (8-2), respetivamente.

De resto, o GD Gafanha superou o GRC Telhadela (7-1), o FC Barcouço venceu a ACR Vale de Cambra (7-1), o GCR Ossela triunfou perante o Clube de Albergaria (8-2), a CP Esgueira afastou a AD Casal (5-9), a AJ Fiães bateu o SC Silvalde (7-3), o CRECUS foi mais forte do que o AC Luso (7-3) e o Lusitânia de Lourosa FC eliminou o CAP Alquerubim (11-1).

Mais equilibradas foram as eliminatórias em que o CD Arrifanense levou a melhor diante do 'vizinho' CCDR Fundo de Vila (2-3), a ARCA afastou o SC São João de Ver (2-1) e na que a AD Arsenal de Canelas se superiorizou à AD Couto Mineiro (3-5).

Nota ainda para as vitórias do Branca Activa SC frente à ADEC Futsal (4-0), da ADC Vila Nova de Monsarros diante do CC Barrô (5-3) e do FC Arouca em Angeja (2-7), no jogo que fechou a eliminatória inaugural da competição. Confira todos os resultados aqui.

Fotografia
Álvaro Sousa