Academias AFA: Processo de certificação "mudou significativamente a comunicação entre os agentes desportivos" no NEGE

Certificado como entidade formadora pela FPF no futebol masculino (3 estrelas) e feminino (4 estrelas), o NEGE, emblema da Gafanha da Encarnação, sente “orgulho por fazer parte de um grupo de clubes a nível nacional certificados com 4 ou 5 estrelas no futebol feminino, que não chega a uma dezena”, nota o coordenador, Paulo Moreira.

Lembrando que “o NEGE está no processo de certificação da FPF no masculino desde a época de 2019/2020 e no feminino desde 2020/2021”, o dirigente vê na avaliação obtida, na época passada, “o culminar de um processo evolutivo que se iniciou no futebol feminino do clube e que em apenas quatro épocas conseguiu validar critérios suficientes (obrigatórios e facultativos) para ultrapassar os 80 pontos exigidos para este nível de certificação”.

Essa evolução “representa quantitativamente o investimento que o clube fez na formação adicional dos seus quadros técnicos nos vários departamentos, no rigor na produção de todos os documentos orientadores com qualidade suficiente e na operacionalização prática dos conteúdos dessa mesma documentação”, explica o responsável, acrescentando que “é também o resultado de todo um investimento financeiro do clube nas melhorias significativas das condições físicas e logísticas oferecidas a todos os agentes desportivos que trabalham diariamente connosco”.

Lembrando que o NEGE é “um dos dois clubes do distrito com este nível de certificação e é de longe o mais pequeno dos nove clubes certificados”, Paulo Moreira refere que o nível obtido é para manter esta temporada.

“A par de outras certificações que temos, possibilitou que o clube passasse a ter uma visibilidade a nível nacional e não só local. Validou a qualidade da nossa formação e permitiu-nos a criação de contatos correntes com clubes de norte a sul do país”, refere.

O clube conta com mais de 260 atletas nos seus quadros. Mais de 27% deles são do género feminino, sendo que o NEGE pretende fazer crescer esse número para 40% nos próximos dois anos.

“O modelo de organização sugerido pela FPF no processo de certificação, fruto da investigação constante desenvolvida para o mesmo, permite que os clubes definam mais facilmente os processos, as prioridades, as metodologias e o investimento”, elogia Paulo Moreira, acrescentando que o mesmo “tem sido objeto de melhorias significativas todos os anos”.

A “capacitação dos agentes desportivos do Programa Grassroots a nível nacional, a incrementação de mais critérios ao nível da proteção de menores e melhorias na gestão de segurança dos recintos desportivos“ vão “certamente ser um contributo adicional para uma melhor organização de todos os clubes”, acredita o dirigente.

“No caso concreto do NEGE, notámos que mudou significativamente a comunicação entre todos os agentes desportivos. A implementação dos processos e metodologias passou a ser transversal a todas as equipas de formação, a interligação entre as equipas de formação e as equipas seniores passou a ser uma constante, o rigor na operacionalização melhorou significativamente e há uma sensação de evolução que nos permite a todos trabalhar da mesma forma, com os mesmos valores e objetivos”, valoriza Paulo Moreira.

“Permitiu-nos também a criação e obtenção de instrumentos financeiros que nos permitiram mudar as condições físicas e logísticas do Parque Desportivo da Gafanha da Encarnação, tendo neste momento condições melhores para iniciarmos a partir de agora um processo massivo de angariação e recrutamento que pretendemos para o futebol feminino nos próximos dois anos de forma a duplicar o número de praticantes femininas no clube”, conclui.

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Associação de Futebol de Aveiro

8 de Março de 2025