Academias AFA: "A certificação permite-nos organizar e pensar de forma mais estruturada"

A secção de futsal feminino do Oliveira do Bairro SC estreou-se, na época passada, no processo de certificação como entidade formadora pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) com uma avaliação de três estrelas. O resultado é “fantástico para toda a gente envolvida” e ajuda a consolidar um projeto recente que não pára de crescer, defende o coordenador, Fernando Santos.

O Oliveira do Bairro SC tem 50 atletas nos seus quadros, sete delas seniores. “Somos, provavelmente, ao nível da formação no distrito de Aveiro, quem tem mais atletas”, acredita o dirigente, que valoriza ainda os “cinco escalões em competição” no clube. “São poucos os que o conseguem a nível nacional”, salienta.

Entretanto, foi criada uma equipa sénior, que compete no Campeonato Interdistrital de Aveiro e Coimbra “com plantel misto, com juniores e juvenis”. Esse passo ajuda a “alavancar toda esta organização”, refere Fernando Santos, que defende ser “importante para todos os clubes estarem organizados e chegar a este ponto” no processo de certificação.

Em concreto, a estrutura reúne regularmente, “o que é muito bom”, sendo que “a própria exigência de ligação com os pais obriga a estar mais próximos deles e a estabelecer estratégias com eles, para além de todo o apoio no departamento clínico”, explica o dirigente.

Mais do que uma obrigação, o Oliveira do Bairro SC aderiu ao processo de certificação como entidade formadora por convicção. “No ano passado, não precisávamos da certificação para competir na formação, mas entendemos que, pensando no projeto mais a longo prazo, teríamos de avançar para ela. Felizmente, criámos condições para termos as três estrelas”, valoriza o coordenador do futsal feminino do clube.

A viver o quarto ano de atividade, Fernando Santos lembra que “a estrutura cresceu muito depressa” pelo caminho, o que obriga a um melhor planeamento. “A certificação permite-nos organizar e pensar de forma mais estruturada. Num ou noutro ponto tivemos a ajuda da organização do futebol (igualmente avaliado com três estrelas no processo de certificação). Queremos que exista essa ligação, nomeadamente no âmbito da formação”, conclui o dirigente.

O processo de certificação de entidades formadoras iniciou-se em 2015, tornando-se num fator obrigatório para que os clubes pudessem registar contratos de formação desportiva. De lá para cá, evoluiu para um modelo de qualificação dos processos de formação dos praticantes, bem como da organização desportiva dos clubes.

Para além disso, a certificação como entidade formadora é uma das exigências para os clubes receberem dividendos de transferências de atletas que passaram pela sua formação e poderem participar nos campeonatos nacionais.

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Associação de Futebol de Aveiro

22 de Fevereiro de 2025