Uma semana depois de ter sido apanhado pelos Tigres no topo do Campeonato Safina, o Esmoriz afastou o Sp. Espinho (1-0) da Taça Distrito de Aveiro PECOL, Prof. José Valente Pinho Leão, e mostrou que está “bem vivo” para o que resta da época. Vando foi o homem do golo, o qual não festejou, por respeito ao emblema onde se formou.

Frente a frente, os dois primeiros classificados do Campeonato Safina, num jogo a eliminar, e que até nem começou muito bem para os da Barrinha. “Ficámos com menos um logo no início”, recorda Vando, facto que o faz valorizar ainda mais o triunfo, na ressaca da colagem dos Tigres no topo do campeonato: “Se calhar, as pessoas pensavam que íamos começar a cair, mas mostrámos que estamos bem vivos. Com menos um, unimo-nos e fomos capazes de passar”.

Para o artilheiro, tanto faz a competição. “O Esmoriz entra em todos os jogos com o objetivo de ganhar”, e na Taça existe a ambição de “chegar o mais longe possível”. “Se chegarmos à final e a ganharmos, isso iria a agradar a toda a gente”, completa.

Mas será que já se pensa na 'Dobradinha' em Esmoriz? “Ainda falta muito. Temos que pensar jogo a jogo”, chuta Vando, que nasceu para o futebol, precisamente, no rival alvinegro. Marcar um golo ao Sp. Espinho “foi uma sensação esquisita”, até porque “nunca tinha defrontado o meu clube, como costumava dizer”.

“Sou profissional ao máximo, mas não festejei. Tenho que respeitar um clube que representei tantos anos. Foi lá que aprendi tudo”, acrescenta Vando, hoje funcionário de uma empresa de sapatos, e que conta ainda com passagens por Grijó e Gafanha.

O Campeonato Safina regressa no próximo fim de semana, e o goleador já aponta baterias a Milheirós de Poiares. “Neste momento, o mais importante é irmos lá buscar os três pontos”, atira, enquanto elogia a frieza do técnico Narciso Ratinho, pese embora os seus 28 anos de idade: “O técnico, embora jovem, não acusa pressão nenhuma. Estou a gostar bastante de trabalhar com ele”.

Fotografia
Diogo Pereira