Pé esquerdo de Ricardo Tavares é livre trânsito para o golo

Ricardo Tavares já não é um nome desconhecido no futebol português. Na presente temporada, o lateral esquerdo assume-se como figura de proa na campanha da Oliveirense, mostrando dotes de goleador. Leva dois remates certeiros na Liga LedmanPro, o último dos quais de livre, na vitória diante do Penafiel (2-1). Ricardo Sousa, outrora um especialista nas bolas paradas, elogia as qualidades do seu antigo pupilo e antevê-lhe um futuro risonho.

Com passagens pela Sanjoanense, Sporting e FC Porto, o defesa tem marcado posição em Oliveira de Azeméis, ritmando as suas prestações com um pé esquerdo de fazer inveja, que já lhe permitiu igualar o registo de festejos da temporada passada, com dois golos de belo efeito. Se, à 9.ª jornada, um potente remate de fora da área valeu os três pontos no reduto do Varzim, no passado fim de semana foi de livre direto, superiormente apontado, que o jovem ajudou à conquista de mais uma importante vitória, desta feita sobre o Penafiel.

Uma capacidade que, diz-nos quem o conhece, não surpreende. “Conheço e acompanho o Ricardo desde muito novo, e ele é um jogador que sempre fez golos de bola parada, quer no Sporting, durante a formação, quer na Seleção Nacional. Basta que os treinadores que o orientam aproveitem essa mais-valia”, aponta Ricardo Sousa, atualmente no comando no Anadia, mas que orientou o lateral canhoto na Sanjoanense, em 2015.

Nessa altura, passaram a ser frequentes os concursos de livres diretos entre pupilo e treinador, ou não fosse o último um dos maiores especialistas nacionais de que há memória. “Ele bate bem, mas ainda tem que comer muita sopinha para conseguir fazer tantos golos como eu”, garante o técnico, bem disposto, enquanto recorda “as dicas normais” que lhe transmitia. 

“Ensinava-lhe o que o meu pai e outras pessoas me ensinaram, como a posição do corpo ou a maneira de bater na bola, porque há muita gente que bate bem na bola, mas que chega aos livres e apenas a quer colocar na baliza”, explica, confiante de que “um jogador que bata bem bolas paradas vai ser sempre importante para quem o orienta”, já que “90% dos jogos estão a ser decididos dessa forma”.

Entre elogios à “muita qualidade” de Ricardo Tavares, que aponta como “um jogador acima da média em várias vertentes”, o atual treinador do Anadia destaca a “formação muito grande” do atleta, que, confia, “mais tarde ou mais cedo vai ser um jogador de eleição”, apesar de estar a “tardar a chegar onde merece”.

“Tem um pé esquerdo fenomenal, mete a bola onde quer, sabe jogar, é um lateral moderno, como os treinadores gostam, e é inteligente, porque sabe ler várias posições, uma vez que já jogou a central, médio defensivo e lateral esquerdo”, sublinha Ricardo Sousa, que vê no jovem potencial para “ser um jogador de Liga, que facilmente integraria um clube que consiga lutar pelo 5.º, 6.º ou 7.º lugar”.

Fotografia
Anybal Bastos

14 de Dezembro de 2017
Pedro Fernandes
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