Apostado em fazer carreira no futsal, Samuel Silva vai fazendo pela vida. O atleta do Beira-Mar já havia deixado boas indicações nas primeiras aparições na seleção nacional de Sub-17, e estreou-se a marcar com a camisola das Quinas na vitória por 6-1 diante da Hungria, um bom presságio para o que ainda está para vir.

O gosto pelo futsal, ganhou-o em Angeja, onde era presença assídua nos jogos da equipa principal local. “Tinha seis anos, quando fui treinar pela primeira vez. Gostei, e depois fui levando mais a sério”, recorda o jogador, que há três anos mudou-se para o Beira-Mar.

Esta época, ajudou os aurinegros a apurarem-se para a fase de apuramento do campeão do Nacional de Sub-17, na qual foi o artilheiro da equipa orientada por João Tiago Araújo. “Foi uma experiência fantástica. Começámos bem, tranquilos, e conseguimos o nosso objetivo”, resume.

As suas exibições não passaram despercebidas aos responsáveis nacionais, que já o haviam referenciado aquando do primeiro Torneio Interassociações de Sub-15, realizado em S. João da Madeira, no ano passado. “Aprendi mais com o treinador João Tiago, mas ir ao Interassociações também ajudou”, acredita, ele que acabaria por se estrear na seleção nacional de Sub-17 no duplo compromisso frente à Eslováquia, no dia 12 de maio.

“Entrei nervoso no primeiro jogo, o que é normal, mas acabou por me correr bem. No segundo, foi ainda foi melhor. Fiz uma assistência para o Izaquel”, conta. Ao longo do estágio, foi recebendo o apoio dos companheiros de equipa no Beira-Mar, bem como do técnico João Tiago Araújo. “Quando corria mal, diziam que ia sair melhor na próxima. O meu treinador estava sempre a dizer que nas primeiras vezes é assim, e que ia conseguir”.

E assim foi. Samuel deixou boas indicações ao selecionador Pedro Palas, que o voltou a chamar para novo duplo compromisso, agora contra a Hungria. Tornou a ser utilizado em ambos os jogos, sendo que o segundo lhe irá ficar cravado na memória, por se ter estreado a marcar com a camisola de Portugal.

“O meu sonho praticamente foi cumprido agora”, diz, mas o atleta não quer ficar por aqui. “Com a minha força de vontade, acho que vou conseguir fazer carreira no futsal”, atira Samuel, ciente de que terá que “continuar a trabalhar para continuar a ser convocado” para a seleção.

Fotografia
Direitos Reservados