Gabriel confirma boa fase do SC Bustelo na Quinta do Côvo: "A nossa casa tem de ser a nossa fortaleza"

Gabriel Oliveira recorreu a um dos seus principais predicados para resolver o intrincado duelo com o FC Pampilhosa (1-0), naquela que foi a quarta vitória caseira, nos últimos cinco jogos, do SC Bustelo para o Campeonato SABSEG. Aos 25 anos, o lateral esquerdo diz sentir a mesma paixão pelo futebol de quando era ainda um adolescente, mesmo que o mundo da bola nem sempre tenha sido justo para consigo.

Numa tarde de autêntico vendaval, o bom futebol não voou para longe do Estádio Quinta do Côvo, onde SC Bustelo e FC Pampilhosa fizeram os possíveis para saírem por cima no resultado. De entre um rol de ocasiões prometedoras sobressaiu um livre lateral venenoso de Gabriel Oliveira, batido para a zona de conflito e que acabou por entrar diretamente na baliza adversária.

O lateral canhoto, que começou o jogo no banco, tinha acabado de entrar na partida quando tudo aconteceu. As bolas paradas são, aliás, um dos pontos fortes do seu jogo. “Nos juniores do Gafanha fiz uns dez golos de livre”, recorda, evocando um momento em que viu o sonho de fazer carreira no futebol transformar-se numa autêntica encruzilhada. “Quando saí dos juniores do Gafanha, pessoas ligadas ao Braga e ao Marítimo queriam que fosse para lá, para começar na equipa B, mas depois surgiu a possibilidade de ir para a Dinamarca. Só que o empresário mentiu à minha família”, conta, com um certo desencanto.

O episódio abalou-o, mas não ao ponto de atirar a toalha ao chão. Com a carreira em 'standby', viu no convite de Ricardo Maia e Fábio Pais para se juntar ao SC São João de Ver o contexto ideal para seguir em frente. A meio dessa época, acabaria por regressar ao GD Gafanha para ajudar a equipa B a ascender à 1.ª Divisão de Aveiro. Depois contribuiu “com vinte e tal assistências” para a subida à Divisão de Elite da ARC São Vicente Pereira e, mais tarde, foi vice-campeão do Campeonato SABSEG pela AD Ovarense. “Estive nas divisões todas”, desabafa, ele que voltou a Aveiro, a meio da época passada, após uma curta passagem pelos Dragões Sandinenses, para ajudar o SC Bustelo a regressar à principal divisão do nosso distrito.

Agora, o objetivo passa por manter a equipa a salvo dos lugares perigosos da tabela, algo que tem sido conseguido até aqui apesar de “uma fase muito negativa, com vários jogos sem ganhar”, no início da temporada, e do período atual em que os oliveirenses andam a “oscilar entre a vitória e a derrota”.

Por tudo isso, “esta vitória foi muito importante”, salienta Gabriel, recuperando o duelo com o FC Pampilhosa, ele que vê a equipa com andamento suficiente para se livrar de qualquer eventual contratempo no que ainda falta jogar no campeonato. “A malta está preparada. Temos a ambição de ir lá para cima. A palavra 'descida' não entra no nosso clube”, garante, enquanto elogia o fervor dos adeptos que se sente a cada jogo na Quinta do Côvo.

“Costumamos ter uma casa composta, com muita gente nas bancadas. A nossa casa tem de ser a nossa fortaleza. Quem lá for, tem de cair. Agarramo-nos a isso”, atira o jovem, de 25 anos, que trabalha na construção civil. O futebol, garante, “significa o mesmo de quando era miúdo, é aquela paixão”. “Para mim, significa muito. Sou muito ligado ao futebol, vejo muitos jogos. É das coisas mais importantes do meu dia a dia”, acrescenta o fã de Marcelo, lateral esquerdo internacional brasileiro que brilhou no Real Madrid: “Foi o jogador que mais gostei de ver jogar. Acompanhei-o desde miúdo”.

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Sporting Clube Bustelo

29 de Fevereiro de 2024
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