Dani, o artilheiro da família do Arrifanense
E vão 18 golos para Dani na 1.ª Divisão Distrital de Aveiro. O artilheiro do campeonato está imparável, espera chegar aos trinta e acredita numa gracinha do seu Arrifanense esta temporada. Aos 22 anos, pensa em grande quanto ao que poderá ser a sua carreira.

Com uma média de dois remates certeiros por jogo, Daniel Ferreira surge destacado como melhor marcador do principal escalão aveirense, “um bom campeonato, que equivale à Divisão de Elite do Porto. Tem sempre quatro, cinco equipas muito fortes”.


A comparação com as provas portuenses surge naturalmente no discurso de Dani, ou não fosse ele natural da Invicta, onde começou “a jogar no bairro, com os amigos”. O seu talento não passou despercebido aos amigos mais velhos, que, quando tinha dez anos, o levaram a treinar ao Miramar.

“O mister gostou de mim, e fiquei lá até aos juniores de primeiro ano”, recorda Dani. Dali saltou para os Leões Valboenses, antes de chegar ao Feirense, no decorrer da época passada: “Individualmente, correu-me bem. Fiz mais de trinta golos em todas as competições”.


Tanto golo chamou a atenção de várias equipas. O Arrifanense convenceu-o com “um projeto novo”, onde “quase toda a gente é do Porto”, o que o faz sentir-se “em família”. A insistência do técnico Joel Santos, que já na temporada passada o tentou levar para a Juventude de Fiães, também teve o seu peso, e os resultados estão à vista.

“Individualmente, era muito difícil pedir melhor. Tenho uma boa média de golos e de assistências. Tenho feito bons jogos, mas ainda consigo melhor”, atira Dani, que espera “ultrapassar os trinta” golos em 2016/2017.


O arranque retumbante denota uma boa ambientação ao clube, em muito devido “à confiança do mister e dos companheiros”. Tudo conjugado resulta num início de época positivo do Arrifanense, que é quinto classificado, a apenas quatro pontos da liderança.

“Só estamos juntos há três meses. Temos apenas uma derrota e três empates. Nos três empates, fomos claramente melhores. Foram pontos que não devíamos ter perdido”, analisa Dani, que considera que o duelo que ditou o desaire frente ao Covão do Lobo foi “o único jogo em que o adversário conseguiu ser mais forte do que nós”.


Com muito campeonato ainda pela frente, o goleador continua confiante numa “gracinha” do Arrifanense. “O Covão, quando fraqueja, tem que ter noção que há equipas que estão atrás e que não vão desistir”, avisa Dani, que confessa: “No nosso meio, queremos subir”.


Um estilo único
O atual projeto do Arrifanense foi gizado com uma amplitude temporal de dois anos. Às “excelentes condições” oferecidas pelo clube, terá que ser acrescentado “um pouquinho de experiência de estar habituado a lutar” pelos lugares cimeiros da tabela, algo que acontecerá naturalmente.

Apesar de ser o melhor ataque do campeonato, com 44 golos, o processo de jogo foi idealizado “a partir da defesa”. “Somos a única equipa do campeonato a defender à zona e, ofensivamente, o mister dá-nos liberdade”, explica Dani.

Empenhado em ajudar o Arrifanense a atingir os objetivos para a atual temporada, o goleador admitiu que já teve, “durante este ano, oportunidades de ir para equipas da 2.ª Divisão Nacional, mas não quis abandonar este projeto a meio, porque as pessoas não o mereciam”.

O futuro, vê-o com ambição. “O objetivo é chegar ao patamar máximo do futsal português”, garante, ele que se define como um jogador com “boa qualidade de passe e visão de jogo”.

No final da época, Dani espera “festejar uma gracinha pelo Arrifanense”. Se a isso juntasse o prémio de melhor marcador do campeonato “seria a cereja em cima do bolo, mas se não ficar em primeiro, sei que vou acabar lá em cima”. Os 18 golos apontados até ao momento dão-lhe embalo para o conseguir.

Fotografia
Diogo Pereira
15 de Dezembro de 2016
Rui Santos
ruisantos@afatv.pt
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