Beira-Mar foge às dores de crescimento dos promovidos
As primeiras sete jornadas do Campeonato Safina evidenciaram as dificuldades de praticamente todos os clubes promovidos na época passada em seguir o andamento dos demais. Alvarenga, Romariz e Mealhada lutam por fugir aos últimos lugares, sendo que, para o técnico Hélder Neto, cada caso tem as suas especificidades. A exceção é o Beira-Mar, um dos líderes do campeonato, mas o treinador não antevê um passeio dos auri-negros rumo ao título.

Quem acompanha a rubrica "Os Factos da Jornada", da AFA TV, percebe que o início de temporada para a maioria dos recém-promovidos não tem sido nada famoso. Alvarenga, Romariz e Mealhada ainda procuram a primeira vitória, sendo que o Romariz ainda não marcou, e o Mealhada ainda não pontuou, um registo sem comparação neste século no principal escalão de Aveiro.

Para Hélder Neto, treinador que, em 2014/2015, conduziu o Paços de Brandão ao título da 2.ª Divisão Distrital de Aveiro, cada caso é um caso. No Romariz, "o factor relvado pesa muito na equipa", pois "o andamento e a intensidade são diferentes" do que no pelado. O técnico defende que "uma equipa habituada a jogar em relvado adapta-se melhor ao pelado, do que o contrário", facto que faz o clube de Santa Maria da Feira "partir em grande desvantagem", algo que a "falta de experiência de 1.ª Divisão de alguns jogadores" agudiza.

Bem diferente é o caso do Alvarenga, que até "começou bem o campeonato, mas está a sentir algumas dificuldades". A saída de Pirata, para o Beira-Mar, é destacada por Hélder Neto, até porque "q
uando se fica sem um goleador nato, a equipa ressente-se".

Quanto ao Mealhada, que nas últimas temporadas tem alternado entre a 1.ª e a 2.ª Divisão Distrital, o problema é mais conjetural. "
Com todo o respeito que tenho por todas as equipas do distrito, a zona sul não tem a mesma qualidade da zona norte. Quando a exigência não é muita, não há tanta competitividade", defende Hélder Neto, que dá o exemplo: "O Mealhada não teve nenhuma derrota na Zona Sul, no ano passado, mas não foi campeão da 2.ª Divisão. Foi a equipa da zona norte (Alvarenga) a campeã".

Apesar do mau arranque de campeonato, nada está perdido para o trio. Hélder Neto defende a contratação de reforços "
com experiência" e, "se calhar, treinar mais uma vez por semana". "Se queremos alcançar um objetivo, há que trabalhar mais", justifica.

Beira-Mar é caso distinto
No polo oposto surge o Beira-Mar, um histórico do distrito, que após vencer a Zona Centro do segundo escalão de Aveiro na época passada, escalou várias posições no Campeonato Safina até atingir o topo da tabela. É uma equipa à parte dos restantes promovidos, mas que terá que sofrer para manter um dos lugares cimeiros da classificação.

"Acho que não vai disparar. Não se vai destacar em relação aos outros. Há equipas a trabalhar muito bem", refere Hélder Neto, que aponta ao U. Lamas, que "tem uma grande equipa, mas há jogadores que aparecem mais tarde", ao S. João de Ver, que "tem miúdos com muita qualidade", e ao Lusitânia de Lourosa, "uma equipa sempre a ter em conta, porque tem experiência", como equipas a ter debaixo de olho nos próximos tempos.

O jovem treinador, profundo conhecedor da realidade do futebol de Aveiro, aplaude, ainda, a reestruturação dos campeonatos, que levará à criação de uma divisão Pro Nacional, já na próxima temporada. "Isso 
vai colocar as equipas nos seus devidos lugares", defende.

Fotografia
Diogo Pereira
28 de Outubro de 2016
Rui Santos
ruisantos@afatv.pt
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